Aldemir Martins

Um dos maiores nomes da arte brasileira do século 20, Aldemir Martins (1922-2006) foi pintor, gravador, desenhista e ilustrador. Artista cearense, construiu grande parte de sua carreira em São Paulo e, ainda em Fortaleza, atuou como ilustrador na imprensa e participou da fundação do Centro Cultural de Belas Artes em 1941. Em 1945, viajou para o Rio de Janeiro com os colegas Antonio Bandeira e Inimá de Paula, participando de uma coletiva na Galeria Askanasy, organizada pelo suíço Jean-Pierre Chabloz (1910-1984). Alguns meses depois, em São Paulo, voltou a ilustrar e conseguiu sua primeira exposição individual. Frequentou os cursos do MASP de 1949 a 1951 e, em seguida, estabeleceu-se como monitor. Em 1951, com desenhos de cenas típicas de seu nordeste, como paus-de-arara, rendeiras e cangaceiros, além de galos e gatos, recebeu o prêmio aquisição na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Em 1956, foi premiado melhor desenhista internacional na 28ª Bienal de Veneza, passando a compor diversas exposições internacionais. Recebeu em 1959 o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte Moderna e permaneceu por dois anos na Itália. Nos anos 1960, sua arte é aplicada a objetos comerciais, o que lhe traz enorme reconhecimento nacional – seu traço passa a fazer parte do dia a dia do brasileiro. Cria joias, ilustra bilhetes de loteria, faz esculturas, estampa aparelhos de jantar e produz até mesmo a abertura da telenovela Gabriela, da Rede Globo. Seu estilo, fortemente figurativo, com presença marcante do sertão e da arte popular, está entre os mais reconhecidos na arte brasileira.


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