Litografia l Lívio Abramo

Artista e professor, Lívio Abramo nasceu em Araraquara, São Paulo, em 1903 e faleceu em Assunção, Paraguai, em 1992. Mudou-se para a cidade de São Paulo ainda criança, onde começou a estudar desenho e foi incentivado a seguir a carreira artística. Realizou desenhos para jornais e em 1926 passou a fazer gravuras, se iniciando na linguagem que marcaria sua obra. O contato com as gravuras de Goeldi e de gravadores do expressionismo alemão marcaram sua produção. Na Era Vargas, se engajou politicamente, se filiou ao Partido Comunista Brasileiro, do qual foi expulso e, posteriormente, se filiou ao Partido Socialista Brasileiro, no qual se tornou amigo de Mário Pedrosa. Realizou uma série de ilustrações para o livro Pelo Sertão, de Afonso Arinos de Mello Franco, que, expostas no Salão Nacional de Belas Artes, lhe renderam o prêmio de viagem ao exterior e, por isso, foi à Europa em 1951. Nesse mesmo ano, seus trabalhos foram expostos na primeira edição da Bienal de São Paulo, da qual participou de diversas edições e inclusive foi premiado em duas delas. Em 1960, fundou o estúdio de Gravura do MAM-SP com Maria Bonomi. Passou a morar no Paraguai a partir de 1962, para onde foi a convite do Itamaraty, para participar da Missão Artística Brasil-Paraguai.