Roberto Magalhães é um multiartista carioca nascido em 1940. Desde jovem demonstrava aptidão e interesse pelo desenho. Começou sua carreira ilustrando peças comerciais, tais como rótulos, livros, discos e materiais de publicidade. Ainda no início dos anos 60, estabeleceu relação com a Escola Nacional de Belas Artes, na qual foi aluno em cursos livres, momento que proporcionou não só seu crescimento artístico, como sua inserção no circuito. Ao longo da mesma década se relacionou com os movimentos de vanguarda brasileiros, participando de exposições históricas como a Opinião 65 e a Nova Objetividade Brasileira. Em 1967 viajou a Paris em ocasião do Prêmio Viagem ao Exterior recebido no Salão Nacional de Arte Moderna do ano anterior. Ao final dos anos 60 e começo dos anos 70, interessado em pesquisas acerca da espiritualidade, interrompeu sua produção por 4 anos para participar da criação do Centro de Meditação da Sociedade Budista do Brasil. Passado esse período, tornou a participar de exposições e chegou a dar aulas no MAM do Rio de Janeiro. Com uma obra que flerta com ora com o onírico, ora com o metafísico, Roberto Magalhães é um artista celebrado em seus mais de meio século de carreira, tendo participado de duas edições da Bienal de São Paulo em 1965 e 1979 e uma edição da Bienal de Paris em 1965.