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Xilogravura l Oswaldo Goeldi

R$ 7.000,00

Xilogravura do artista Oswaldo Goeldi, de 1930.

[40,8 cm x 32,3 cm- dimensão sem moldura]

Esta gravura faz parte do álbum 10 gravuras em madeira, de Oswaldo Goeldi, que não é apenas um marco na vida de um dos maiores artistas brasileiros – elas permitiram um retorno de estudos à Europa – mas principalmente um marco na história da arte brasileira: foi primeiro álbum de gravuras artísticas editado no país. Apresentado por Manuel Bandeira, com gravuras de forte contraste, expressionistas, é uma preciosidade gráfica e bibliográfica.

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Oswaldo Goeldi – gravador, desenhista, ilustrador, professor – nasceu no Rio de Janeiro em 1895, onde viria a falecer em 1961. Filho do cientista suíço Emílio Augusto Goeldi, com apenas 1 ano de idade, muda-se com a família para Belém, Pará, onde vivem até 1905, quando se transferem para Berna, Suíça. Aos 20 anos ingressa no curso de engenharia da Escola Politécnica, em Zurique, mas não o conclui. Em 1917, matricula-se na Ecole des Arts et Métiers [Escola de Artes e Ofícios], em Genebra, porém abandona o curso por julgá-lo demasiado acadêmico. A seguir, passa a ter aulas no ateliê dos artistas Serge Pahnke (1875 – 1950) e Henri van Muyden (1860 – s.d.). No mesmo ano, realiza a primeira exposição individual, em Berna, na Galeria Wyss, quando conhece a obra de Alfred Kubin (1877 – 1959), sua grande influência artística, com quem se corresponde por vários anos. Em 1919, fixa-se no Rio de Janeiro e passa a trabalhar como ilustrador nas revistas Para Todos, Leitura Para Todos e Ilustração Brasileira. Dois anos depois, realiza sua primeira individual no Brasil, no saguão do Liceu de Artes e Ofícios. Em 1923, conhece Ricardo Bampi, que o inicia na xilogravura. Na década de 1930, lança o álbum 10 Gravuras em Madeira de Oswaldo Goeldi, com introdução de Manuel Bandeira (1886 – 1968), cujas vendas permitem sua ida a Europa, expondo em Berna e Berlim. Desenha e grava para periódicos e livros, como Cobra Norato, de Raul Bopp (1898 – 1984), publicado em 1937, com suas primeiras xilogravuras coloridas. Em 1941, trabalha na ilustração das Obras Completas de Dostoievski, publicadas pela Editora José Olympio. Em 1952, inicia a carreira de professor, na Escolinha de Arte do Brasil, e, em 1955, torna-se professor da Escola Nacional de Belas Artes – Enba, no Rio de Janeiro, onde abre uma oficina de xilogravura. Sua obra é objeto de inúmeros estudos e exposições, entre elas destaca-se, em 1995, a exposição comemorativa do centenário do seu nascimento, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.

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