Nascido em Berlin, na Alemanha, em 1892, Eugen Eduard Adolph Pajeken ficou mais conhecido como Eugen Pajeken. Seu pai foi uma figura múltipla: mercador, viajou pelas Américas, interessado também pelo contato com os indígenas, e se tornou escritor especializado em livros de aventura para jovens, além de ser um músico respeitável. Sua mãe foi cantora e professora.
O artista veio ao Brasil em 1910 e se naturalizou em 1924, segundo nos informa a Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, no 18 de dezembro, se referindo a portarias do dia anterior. Em 1926, O Imparcial dá notícias de sua volta à capital pelo Sierra Morena, citando alguns de seus feitos anteriores, como a participação na Exposição de Antuérpia em 1912, quando recebeu a medalha de bronze, e sua participação em 1914 em Hamburgo, que lhe rendeu a medalha de prata. A mesma reportagem cita que, uma vez formado pela Escola de Belas Artes de Antuérpia, ele se tornou pintor da corte do falecido rei Leopoldo, e agora era contratado pela Companhia Norte Alemã.
Em 1930, noticiam seu retorno à Guanabara no Gotha, navio alemão, depois de uma temporada de exposições na Alemanha – em fevereiro faria uma exposição em Petrópolis, informa outra matéria. A matéria mais extensa que encontramos, em O Jornal (no 7 de janeiro de 1930), a única que reproduz uma fotografia do artista, trata de suas opiniões das diferenças entre o fazer artístico na Europa e no Brasil, e até de seu interesse do pintor por temas regionais.
Se nas décadas de 1920 e 1930 encontramos notícias que tratavam de suas conquistas nos mundos das artes, com exposições no exterior, suas idas e vindas ao Brasil, entre os anos 1939/1940 são noticiadas uma série de problemas de separação/despejo/penhora. Após esse período, não encontramos mais nada. Em um site de genealogia (Geni), é feita referência a sua atuação como restaurador.
É provável que essa atuação o tenha aproximado de Fernando Barreto, que manteve por anos um ateliê de restauro. Eugênio faleceu dia 19 de abril de 1973, no Rio de Janeiro, com 80 anos.